sábado, 26 de maio de 2012

O último dançarino de Mao


Não li o livro (aqui no Brasil tem o título "Adeus, China"), então não tinha referências da história que fui assistir na tela do cinema. E muito me surpreendi! Meu nariz ficou vermelho por mais de uma hora depois que saí da sala de projeção. As lágrimas - muitas delas - eram inevitáveis. A história surpreende mesmo! Se eu pudesse resumir o filme em uma única palavra, ela seria: superação. E é bom ver que cada um constrói a sua história e pode mudar o seu destino...
O filme conta a história real de Li Cunxin, que, aos onze anos de idade, foi recrutado pelo Governo Chinês para estudar balé numa companhia de dança em Pequim. Deixou a segurança da vida em família, com seus pais e seis irmãos, e o seu vilarejo no interior. Com outros meninos aprendeu a arte da dança; teve bons e maus professores. Evoluiu, superou dificuldades, à custa de muito treinamento acabou "encorpando" e se tornando um excelente bailarino chinês. Até que um dia, a companhia de dança chinesa recebe a visita de bailarinos americanos que se interessam por Li e o levam para a américa. 
Chegando nos EUA, o bailarino chinês fica deslumbrado com os edifícios enormes e com as máquinas que "cospem dinheiro" (caixas eletrônicos). Tudo aquilo é novidade. Aquele regime capitalista, no entanto, lhe é estranho. Em uma tarde de compras, os americanos gastam mais dinheiro do que os pais de Li ganham em um ano todo de árduo trabalho no campo.
Até que Li conhece Liz, bailarina que treina na mesma escola de dança que ele (Companhia Houston Ballet). Ela o mostra ao mundo americano, se apaixonam e, para evitar que Li seja "devolvido" à China, eles se casam. Cria-se em incidente diplomático internacional, porque os chineses querem que seu filho regresse à China, mas Li quer ficar nos Estados Unidos. Diz que na América é livre para dançar. Em verdade, está apaixonado pela liberdade que o país permite aos cidadãos. Ele fica, mas perde o direito de regressar ao seu país e rever a sua família.
O casamento com Liz não dá certo, no entanto ele continua a dançar. Seus pais têm a oportunidade de viajar para assistirem a um espetáculo do filho, que é o momento "alto" do filme. São ovacionados no palco. O reencontro, depois de mais de dez anos, é surpreendente! Li se casa com uma bailarina da companhia e, juntos, vão ao pequeno vilarejo visitar a família e dançam para que todos possam ver o menino-rapaz que aprendeu a voar...
Adorei!!! Recomendo a todos que queiram se emocionar com essa bela história.

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